domingo, 2 de maio de 2010

Lembrança

É muito estranho que ainda hoje, tanto tempo depois, eu sinta a brisa suave em meu rosto quando recordo a descida na enseada de Charitas. O coração acelerado, as mãos geladas, a face em fogo, mas foi tudo muito rápido, bastou um olhar, apenas um, para que eu soubesse que o amor estava a minha frente.
Numa fração de segundos percebi ter encontrado o que havia procurado por toda minha vida.
Ali, naquele momento, nasceu uma história, uma linda e emocionante história de amor. Mas como toda história, esta também teve seu início, meio e fim. Sinto apenas que a distância entre o início e o fim tenha sido bem menor do que a que desejava. Contudo, ela existiu, mesmo que breve, mas ainda assim, quando sinto o vento suave em meu rosto, percebo que valeu a pena. Vivi um grande amor. Quantos passam pela vida sem ter experimentado isso.
Viverei uma nova história? Não sei, sei somente que outra igual a esta, nunca mais.
Realmente igual não, mas acredito sempre no amanhã, sendo assim, acredito numa nova história, nem melhor, nem pior, apenas uma nova história.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Lembre-se:

    "Porque os contos de fadas não têm que ter sempre um final plenamente feliz.
    ... E não necessariamente precisam ter um fim.”

    Nosso amor único, aquele que nunca esquecemos, que nunca perderá o sentimento guardado dentro da gente, que irá viver e morrer no nosso peito. Esses amores, nunca acabam. Mesmo que perdidos e doloridos pela ausência, sempre cultivamo-os na esperança de que floresçam novamente.

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